Foto: License to use Creative Commons Zero - CC0
por Sarita Borelli* e Felipe Sanches**
Muitos poderosos dos tempos atuais têm podres intenções, sim. São carreatas de boçais os que avançam os sinais do bom senso e fazem coro, setecentas mil vezes ou, tragicamente, muito mais.
Nas maiores nações americanas, a tirania impera. Matar e morrer parecem gestos naturais. Seus ridículos líderes hodiernos, travestidos de bons cristãos, nada fazem senão confirmar a sua incompetência. Quantos anos mais? Milhares?
Enquanto direitos são suprimidos, mulheres, negros, LGBTs, indígenas e pessoas alertas ao absurdo em que passamos nossas horas percebem como é mau esse tempo. Um verdadeiro descompasso.
É preciso estancar todo o sangue que jorra de nossas florestas, afinar o discurso, fazer aflorar a decência de nossa alegada indecência e encarar toda burrice como um longo caminho.
Não virá dos céus ou do Universo a saída para o caos. É preciso estar atento e interpretar os tons e os sons, valendo-se dos dons geniais dos seres humanos para encontrar a luz por trás das trevas.
A alegria do mundo não pode acabar e ainda há muitos carnavais. Como já diria o poeta.
*Sarita Borelli é pós-graduada em Design Editorial pelo Senac, graduada em Letras pela Universidade de São Paulo, designer, editora responsável pela Editora Gota e idealizadora da Revista Aluvião.
**Felipe Sanches é graduado em Geografia pela Universidade de São Paulo, poeta, editor de livros didáticos, colaborador de publicações da Editora Gota e coidealizador da Revista Aluvião.